sexta-feira, 9 de julho de 2010

Abraçada a um silêncio ensurdecedor. Fechada sobre mim mesma. E sobre mim mesma mais quatro paredes se fecham. Amarram-me como se eu fosse delas, não me deixam ver o mundo lá fora. Mas será que existe mundo lá fora?
Solidão, escuridão, palavras desnorteadas invadem a minha cabeça vazia, oca, escura, demente! Porque toda eu sou feita de nada. Se consideram a solidão, escuridão e as palavras desnorteadas os meus demónios, então toda eu sou feita de demónios! E como poderei livrar-me deles? Como poderei fugir de mim mesma? Como será a minha vida sem os meus demónios? Ia ser feliz? Mas alguém me perguntou se queria ser feliz? Assim como alguém já me perguntou se tenho medo da morte? Não!

Posso tentar enfrentar o mundo. Posso até conseguir. Mas é preciso querer, ter força. E a única coisa que eu tenho é vontade de desaparecer juntamente com o escuro, frio e vazio da minha mente doente, que me acompanhou todos os míseros dias da minha ridícula "vida".

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