domingo, 25 de julho de 2010

Cá estás tu outra vez, transtorno da réstia da alma que ainda me possui,
Como uma manada de feras, que devora este pedaço de nada - eu -.

Eu amo-te e odeio-te.

Pensei que fosses a resposta quando eu estava cansada, triste, infeliz, ansiosa, solitária e com ódio de mim.
Mas eu não sabia que tinhas a tua própria missão, de levar as coisas devagar, até que eu não conseguisse desistir mais de ti.
Tu és a minha maneira de me enganar a mim mesma.
Agarras a minha vida e contigo a levas!
Porque o teu objectivo é a minha morte!
Brincas com a minha cabeça.
Não me deixas entender os meus próprios pensamentos,
Não me deixas confiar neles.

Mas eu amo-te e odeio-te!

Tiras-me a auto-estima.
Escondes-me da minha família, amigos e de todos os que amaram e cuidaram de mim.
Fechas-me em casa,
Isolas-me, para que eu me entregue totalmente a ti.
Fazes-me sentir culpada pelas minhas acções.
Assombras o meu mundo e fazes-me pensar que não há nada de errado com ele.
Sentas-te. Abraças-te a mim e progrides.
Progrides até ao ponto de eu chorar de todas a vezes que estás comigo.
Tu desesperas-me.

Porque eu amo-te e odeio-te!

Tornaste-te o meu mundo, a minha compulsão, a minha rotina diária.
Fazes parte de mim.
Destróis-me.
Mas eu continuo a ouvir-te,
Continuo a deixar que me abraces,
Que me possuas.
Continuo a entregar-me a ti.
Fazes-me sentir horrível.

E eu amo-te e odeio-te.

Começaste a destruir o meu corpo.
Fazes com que tudo me magoe.
Tiras-me o coração,
Tiras-me a racionalidade,
Tiras-me a identidade,
Tiras-me a vontade própria.

Só que eu amo-te e odeio-te!!!

Diriges a minha vida.
Fazes com que a minha obsessão por ti seja cada vez maior.
Tiras-me o controlo.

Mas... eu amo-te e odeio-te.






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